Depoimentos

Tamyn Regina

O cavernoma em minha vida

Meu nome é Tamyn Regina de Castro, tenho 21 anos e há 2 anos vinha sentindo vertigens e cefaleia frequentes. Fiz diversos exames, que os médicos solicitaram, mas não contribuíram para o fechamento de um diagnóstico. Até que em 12/2013, ao acordar à noite, tive uma crise convulsiva, a qual foi presenciada pela minha mãe e pela minha irmã.

Após várias tentativas de entender o que ocorria, e buscar uma possível solução, resolvi procurar um neurologista.

Relatei a ele que já havia feito diversos exames, e que nenhum apresentou resultado significante para os meus sinais e sintomas, e para a crise convulsiva que eu tive. Assim, ele me orientou que fizesse uma ressonância magnética, exame que nunca havia realizado, para que o auxiliasse no meu diagnóstico.

Assim procedi, e, no dia em que fui buscar o resultado da RM, estava sozinha. Ao receber os papéis do exame em minhas mãos, mais que qualquer outra pessoa, e, como acadêmica de enfermagem, a curiosa me instigou, quis ler o resultado para verificar se havia dado alguma alteração. Fiquei em choque, ao ler “Malformação cavernosa”, liguei em total pânico para minha mãe, que tentou me acalmar, mesmo não sabendo o que realmente do que se tratava.

Meu médico estava viajando, e como moramos em uma cidade pequena, procuramos por outro neurologista que pudesse nos esclarecer o que realmente estava acontecendo. Então, a neurologista nos explicou o que era a tal doença, acalmou-nos, e prescreveu o anticonvulsivante, que agora tenho que tomar continuamente.

Pertenço a minha família constituída por muitos profissionais da área da saúde, então resolvemos procurar por outros médicos para termos a certeza do que realmente era a Malformação cavernosa. Porém, foi pesquisando na internet, que encontramos uma indicação para um médico que poderia me ajudar. Minha irmã encontrou uma pessoa que nos ajudou muito, pois a filha também é portadora da doença. Essa pessoa nos indicou um médico que havia cuidado da própria filha.

Entramos em contato com o médico, e, após trocarmos vários e-mails, marcamos a consulta, ele nos perguntou se alguém da minha família já havia tido alguma crise convulsiva. Meu pai, que há aproximadamente 30 anos tinha crises convulsivas constantes, e foi diagnosticado como cisticercose, porque na época não foi feita a RM, e as calcificações foram confundidas.

O médico que me atendeu pediu para que fizéssemos a RM do meu pai, e levássemos juntamente com a minha para que ele nos avaliasse. Após 30 anos tratando da doença de cisticercose, ele descobriu que também era portador da malformação cavernosa. Foi um choque para toda a família, já que ele vinha tratando a doença como cisticercose, mas tomando os medicamentos corretos, que fizeram com que ele não tivesse mais nenhuma crise convulsiva.

Após a orientação dos médicos, descobrimos que a doença pode ser levada por toda a vida quando feito o tratamento contínuo corretamente. Que podemos levar uma vida normal, sem privações, quando temos o acompanhamento de profissionais qualificados, e os cuidados necessários para evitar possíveis crises.

Percebi que a doença não era tudo aquilo que eu temia! Que meu caso não é cirúrgico como indicado anteriormente, e que, após as devidas indicações, eu posso continuar vivendo a minha vida como sempre vivi!

 “Ultrapassar barreiras e ir além. Acreditar em que é possível e alcançar. Não desistir, jamais. Vencer os desafios, sempre. Você é bem mais capaz do que imagina.”

Cláudio M. Assunção

Tamyn Regina de Castro

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