Composição Institucional do Projeto:
O Projeto reúne pesquisadores com formação e experiências em tratamento e acompanhamento de pacientes com a doença cavernoma cerebral, com a participação das seguintes Instituições médicas e colaboradores:
EQUIPES E INSTITUIÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO PROJETO:
- UFRJ – NEUROCIRURGIA: Dr. Jorge Marcondes /Dr. Gustavo Galvão UFRJ – RADIOLOGIA: Dr Paulo Bahia
- NEUROCIRURGIA-UERJ – Dr. Alexandre C. Martins
- HOSPITAIS COPA D’OR E QUINTA D’OR (Instituto D’Or) - Dr. Gabriel R. de Freitas / Dr. Fernando Cardoso
- NEUROCIRURGIA- SANTA CASA M. / SP – Dr. José Carlos Veiga / Dr. Guilherme Brasileiro
- NEUROCIRURGIA – HOSPITAL SERVIDORES/SP- Dr. Felix Pahl / Dr. Carlos Eduardo Roelke
- NEUROCIRURGIA – SANTA CASA M./ B. H.- Dr. Marcos Dellaretti/ Dr Dantas M. Ferreira
- LabNet - UNIRIO – Dra. Soniza Alves Leon / Dra. Fabricia Fontes
Comitê Gestor do Estudo e Responsável por Central de Revisão de Dados
Dr. Jorge Marcondes de Souza, Dr. Gustavo Galvão – Neurocirurgia UFRJ
Gabriel de Freitas – Neurologia, Instituto D’Or de Pesquisas (I. D’OR)
Dr. Alexandre Cunha Martins – Neurocirurgia UERJ
Centro Executor de Testes Laboratoriais:
Laboratório de Neurociências Translacionais (LABNET)
Universidade Federal Estadual do RJ- UNIRIO
Coordenadora do LabNet: Dra. Soniza Alves Leon
Pesquisadora Associada: Dra. Fabricia Fontes
PESQUISADORES ENVOLVIDOS NO PROJETO E INSTITUIÇÕESDr. Jorge Marcondes de Souza - http://lattes.cnpq.br/3303261200172538: Prof. Adjunto, Hospital Universitário Clementano Fraga Filho (HUCCF), UFRJ.
Dr. Gabriel Rodriguez de Freitas - http://lattes.cnpq.br/1711374821884948 Neurologista da Universidade Federal Fluminense e Coordenador de Pesquisas em Neurologia do Instituto D’Or de Pesquisas
Dr. Fernando de Mendonça Cardoso - http://lattes.cnpq.br/0660697242634825 Neurologista Unidade Neuro-Intensiva do Hospital Copa D’or
Dr. Alexandre Cunha - http://lattes.cnpq.br/4139209388939059 Médico neurocirurgião, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCCF), UFRJ e Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE),UERJ.
Dr. Paulo Roberto Valle Bahia – http://lattes.cnpq.br/9863574303612146. Prof. Adjunto de Radiologia Departamento de Radiologia- Serviço de Radiodiagnóstico HUCFF/UFRJUFRJ
Profa. Soniza Vieira Alves-Leon http://lattes.cnpq.br/8736721273068415: Profa. Titular de Neurologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; Responsável pelo Laboratório de Neurociências Translacional da UNIRIO (LabNet).
Dra. Fabricia Lima Fontes-Dantas http://lattes.cnpq.br/2416539159979857: Dra. Pesquisadora do Laboratório LabNet da UNIRIO.
Dr. Dr. José Carlos Esteves Veiga - http://lattes.cnpq.br/5265785390426370 Prof. Titular- Livre Docente da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Chefe de Serviço da Disciplina de Neurocirurgia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Dr. Guilherme Brasileiro de Aguiar http://lattes.cnpq.br/7422389272561042 Professor da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo / Médico Assistente - Neurocirurgia e Neurorradiologia Intervencionista - Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Dr. Felix Hendrik Pahl – http://lattes.cnpq.br/3582624751682690 Chefe de Neurocirurgia e Responsável pelo Grupo de Neurocirurgia Vascular do Hospital dos Servidores do Estado de SP.
Dr. Carlos Eduardo Roelke - http://lattes.cnpq.br/9396511934681083 - Médico neurocirurgião, co-responsável pelo Grupo de Neurocirurgia Vascular e Endovascular do HSPE. Neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein.
Dr. Marcos Antônio Dellaretti Filho - http://lattes.cnpq.br/9311247350426197 Médico neurocirurgião, Departamento de Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizonte
Dr. Dantas Mageste Ferreira - http://lattes.cnpq.br/9122793415010231 Médico Neurocirurgião do Departamento se Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizone
Dr. Gustavo da Fontoura Galvão - http://lattes.cnpq.br/1166733219042470. Médico, Residente de Neurocirurgia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCCF), UFRJ e Mestrando do Programa de PG Neuro - UNIRIO
RESUMO
Cavernoma cerebral, ou malformação cavernosa cerebral (MCC), é uma doença neurovascular frequente, com incidência de cerca de 0,2-0,5% da população geral1 e que traz risco de hemorragia cerebral, deficiência neurológica e crises epilépticas por toda a vida nos pacientes afetados. Poucas doenças do SNC estiveram associadas ao aumento do conhecimento de sua biologia celular e molecular, nas últimas três décadas, como a MCC com a descoberta dos genes causadores e os mecanismos básicos ligados à sua patogenia2.
A incidência da MCC tem sido reportada como equivalente para ambos os sexos2 e ocorrem desde infância até a idade mais avançada mas com início de sintomas, em média, em torno de 30-50 anos.. A melhora no diagnóstico, através do advento da técnica de neuroimagem de Ressonância Magnética (RM) e de sequências de melhor detecção de hemossiderina depositada2,3, permitiu estudos mais acurados da doença assim como melhor compreensão de sua evolução e história natural1.
As MCCs podem ocorrer em duas formas biológicas distintas. As que ocorrem como múltiplas lesões distribuidas pelo neuroeixo identificam, geralmente, a forma familiar da doença e atendem à um padrão de herança autossômico dominante, com penetrância clínica e neuroradiológica incompleta. Já as MCCs que ocorrem como lesão única e isolada são denominadas esporádicas, comumente persistem como lesões congênitas isoladas e não carreiam o espectro da transmissão à prole e, portanto, não constituem doença com herança conhecida.
Três genes foram identificados como associados ao fenótipo familiar das MCE: CCM1 (KRIT1), CCM2 (MGC 4607) e CCM3 (PDCD10). A penetrância (real transmissão do gene mutado) depende do gene afetado, podendo ser 80% em familias CCM1, perto de 100% em CCM2 e 60% em CCM34.
A doença apresenta um espectro variável de comportamento biológico. As manifestações clínicas mais comuns da MCC, em geral entre a segunda e quinta décadas, são a epilepsia (50%), a hemorragia intracerebral (25%) ou déficit neurológico focal sem evidência de hemorragia recente nos exames de imagem (25%)5,6.
A hemorragia sintomática recente (CASS- cavernoma com sangramento sintomático), é evento mais importante na história natural das MCC. A definição de hemorragia sintomática de uma MCC foi padronizada em 2008 como início agudo ou subagudo de sintomas acompanhados por evidências de hemorragia cerebral (intra ou extralesional) em exame de imagens, de patologia, cirurgia ou, raramente, por análise liquórica7.
A história natural das MCC demonstra que o risco de hemorragia em indivíduos assintomáticos é extremamente baixo (0,08% por paciente-ano), entre aqueles detectados incidentalmente. Uma vez ocorrida a hemorragia, o risco de sangramento anual subsequente aumenta substancialmente, sendo maior logo após o evento, persistindo com risco estimado de 42% em 5 anos.
OBJETIVOS DO PROJETO
O projeto terá como objetivo primário a validação de biomarcadores de prognóstico de hemorragia de cavernomas cerebral, através de combinação de moléculas plasmáticas recentemente verificada14,15, em população brasileira portadora da doença.
O objetivo secundário do projeto será a análise de fatores prognósticos após 2 anos de seguimento visando identificação mais fidedigna de fatores preditivos para hemorragia lesional, validando os biomarcadores em acompanhamento longitudinal por maior período de tempo.
A avaliação do potencial de diagnóstico retrospectivo de ocorrência de hemorragia em cavernoma cerebral (biomarcação diagnóstica) será incorporada ao estudo com as mesmas citocinas estudadas.