Pesquisas ao redor do Mundo

O Mundo Pesquisa Sobre Cavernoma

Nos últimos anos, o cenário de pesquisa sobre Malformação Cavernoma Cerebral - CCM mudou muito, atualmente, pesquisadores em diferentes lugares do mundo realizam pesquisas sobre a doença. São pesquisas com abordagens, formatos e dimensões variadas. Especialistas de diferentes áreas abordam a doença sob vários aspectos. Exibiremos a seguir o resumo de alguns dos muitos projetos de investigação sobre CCM em várias partes do mundo.

Os dados aqui apresentados foram retirados e traduzidos do site da Angioma Alliance que, gentilmente, permitiu que a Aliança Cavernoma Brasil traduzisse e adaptasse todos as informações contidas em seu site.

PESQUISAS NA AMÉRICA DO NORTE
 

EUA

FDA - Food and Drug Administration: FDA é um órgão do governo dos Estados Unidos, criado em 1862, com a função de controlar os alimentos e medicamentos, através de diversos testes e pesquisas. Para saber mais clique aqui.

NO LESTE DOS EUA

Angioma Alliance: o programa de pesquisa da Angioma Alliance inclui teste genético para CCM e Banco de Tecido. Tal programa coleta amostras biológicas e registros médicos dos pacientes com CCM e fornece estes recursos aos nossos pesquisadores. Para saber mais, visite: www.angioma.org/dna

Duke University: o laboratório de genética da Universidade Duke tanto estuda os aspectos genéticos humanos da CCM como usa modelos de camundongos para estudos de tratamentos pré-clínicos com drogas. Este grupo trabalha em colaboração com a Universidade de Chicago no uso de ressonância magnética dos cérebros dos camundongos para avaliar os efeitos do tratamento com drogas.

National Institutes of Health: um dos laboratórios do Instituto Nacional de Saúde tem como foco o estudo dos sistemas vasculares, usando um modelo de peixe-zebra. Os peixe-zebra são uma excelente ferramenta para o estudo dos efeitos de mutações genéticas vasculares.

University of North Carolina at Chapel Hill: com foco nas interações químicas e farmacológicas, este grupo de pesquisa tem como objetivo entender melhor os sistemas de liberação de substâncias químicas que regulam como as células respondem aos estímulos ambientais. Usando esta estratégia, este grupo descobriu papéis únicos para as proteínas da CCM.

University of Pennsylvania: um laboratório situado em UPenn está muito interessado em investigar as vias de sinalização (moleculares) que regulam o crescimento de vasos sanguíneos. Está estudando as moléculas da CCM e como elas se relacionam com esse processo e com a doença de CCM.

University of Rochester: mutações no gene CCM1 causa o início da CCM. Um laboratório na Universidade de Rochester está focado em investigar a função da proteína não-mutante da CCM1 e como ela funciona células saudáveis.

University de Yale: vários laboratórios em Yale estão estudando a CCM sob diferentes aspectos – análise das estruturas moleculares das proteínas da CCM, bem como, o uso de modelos de camundongos para estudar a função das proteínas na CCM em diferentes partes do cérebro e ao longo do desenvolvimento do sistema vascular.

NO CENTRO OESTE

University of Chicago: o grupo da Universidade de Chicago está muito interessado em entender o papel da inflamação e de como ela se relaciona à doença de CCM. Adicionalmente, este grupo usa técnicas avançadas de imagens por ressonância magnética (MRI) para examinar os efeitos do tratamento com drogas em camundongos com CCM.

Mayo Clinic: pesquisadores da Clínica Mayo estão interessados em melhor entender o curso natural da doença CCM e como o comportamento das lesões afetam os pacientes com a doença. Este grupo, atualmente, estuda os riscos associados ao sangramento, tonturas e gravidez em indivíduos com CCM.

University of Michigan: os vasos sanguíneos do cérebro são únicos porque formam junções, especialmente, apertadas entre células vizinhas para assegurar que o sangue que passa por entre eles não vaze no cérebro. Esta junção única é chamada de 'barreira hematoencefálica’ e é o tópico de investigação em um dos laboratórios da Universidade de Michigan.

NO OESTE

University of New Mexico & University of California at San Francisco: essas Universidades juntaram-se à Angioma Alliance para executar um projeto de pesquisa genética com o intuito de investigar as causas da variabilidade clínica entre indivíduos com CCM. Esse projeto é parte da Associação das Malformações vasculares cerebrais.

University of California San Diego: um laboratório de biologia vascular da Universidade de São Diego objetiva seu trabalho na investigação das moléculas que ligam as células dos vasos sanguíneos umas as outras e de como estas moléculas se rompem do estado de doença.

University of Utah: o grupo de pesquisa da Universidade de Utah usa vários sistemas, incluindo camundongos, para investigar a causa molecular do sangramento nas lesões de CCM. Esse grupo foi o primeiro a descobrir que as estatinas poderão ter uso futuro como tratamento da CCM.


CANADÁ

Samuel Lunenfeld Research Institute: esse grupo de pesquisa foca no nível proteico e investiga a CCM buscando compreender suas vias de interação. Ao descobrir com que outras moléculas as proteínas da CCM interagem esses pesquisadores são capazes de entender melhor as próprias proteínas da CCM.
Sick Kids Children’s Hospital: tanto modelos de peixe-zebra quanto de C.elegans (vermes) estão sendo usados para investigar como as três formas genéticas da CCM (CCM1, CCM2 e CCM3) se assemelham e se diferem entre si. (Grifo nosso)

EUROPA

FRANÇA

INSERM – Grenoble: esse grupo de pesquisa francês foca seus estudos em como os vasos sanguíneos interagem com a matriz extracelular (tecido ao redor) para dar a estrutura bem como os sinais necessários seu crescimento, desenvolvimento e direcionalidade apropriados.

INSERM – Paris: esse grupo parisiense é líder em desenvolvimento de modelos animais para se entender melhor a patogênese e o processo de desenvolvimento das formas familiares da CCM.

ALEMANHA

Heidelberg University: um grupo de pesquisadores de biologia vascular na Universidade de Heidelber estuda a angiogênese (crescimento dos vasos sanguíneos) e usa sua expertise nesse campo para investigar como as lesões da CCM crescem.

University of Duisburg-Essen: dentre outros estudos, esse grupo de pesquisa em Essen está interessado em investigar as diferenças nas células dos vasos sanguíneos comparando as formas esporádicas e familiares da CCM.
ITALIA

University of Torino & University of Siena: pesquisadores dessas universidades italianas uniram-se para investigar os efeitos das espécies reativas de oxigênio e como os complexos de sinalização da CCM estão envolvidos na neutralização dessas moléculas.

ESPANHA

University of Santiago de Compostela: esse grupo de pesquisadores espanhol concentra seus estudos na forma familiar da mutação em CCM3 e em como essa proteína está envolvida na proliferação celular e nos complexos de sinalização.

REINO UNIDO

University of Edinburgh: esse grupo se concentra nos aspectos epidemiológicos da CCM, com questões incluindo – quantas pessoas são afetadas? Quais são as consequências clínicas para os indivíduos submetidos a cirurgia se comparados àqueles que seguem a terapia conservadora?