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Variantes genéticas e agressividade em Cavernomas Cerebrais

Novel CCM1 (KRIT1) Mutation Detection in Brazilian Familial Cerebral Cavernous
Malformation: Different Genetic Variants in Inflammation, Oxidative Stress, and Drug Metabolism Genes Affect Disease Aggressiveness.
Fontes-Dantas F, Galvão GF, Alves-Leon S, Marcondes de Souza J et al.
World Neurosurg. (2020). doi.org/10.1016/j.wneu.2020.02.119

Com o advento da Medicina de Precisão personalizada a melhor compreensão e mecanismos genéticos relacionados ao comportamento clínico dos cavernomas cerebrais tornou-se importante ferramenta no acompanhamento dos pacientes e estabelecimento de risco relativo nos parentes daqueles que apresentam a forma familiar da doença. Fatores genéticos que levam à variantes de genes relacionados à patogênese dos cavernomas podem influenciar a agressividade clínica nos pacientes.

Os autores descreveram caso de paciente jovem com perfil genético de mutação CCM1 tratada conservadoramente por 15 anos e desenvolvendo quadro de crises de epilepsia difícil controle. Devido à multiplicidade de lesões, monitoramento por EEG levou à definição de grande lesão lobo temporal como causa das crises.

Após ressecção, análise do tecido demonstrou extensa reação inflamatória e imuno-histoquimica a co-localização de CD20 e CD68 na lesão.
Análise de polimorfismo genético (SNPs) relacionados à gravidade de doença, como variantes de CD14 (rs778588), TLR-4 (rs10759930), SOD2 (rs4880),
APEX1 (rs1130409) e OGG1 (rs1052133), demonstrou sua detecção na paciente mas não sem sua mãe, oligossintomática aos 70 anos, portadora da mesma mutação do gene CCM1.

Conclusão: Manifestações heterogêneas entre indivíduos da mesma família, com o mesmo genótipo, envolve fatores mecanísticos modificadores. Os autores descreveram a coexistência de variants genéticas (SNPs) de genes da inflamação e de estresse oxidativo relacionados à variabilidade de expressão clínica da doença.