Neurocysticercosis, familial cerebral cavernomas and intracranial calcifications:
differential diagnosis for adequate management
Gasparetto EL, Alves-Leon S, Domingues FS, Frossard JT, Lopes SP, Marcondes de Souza J
Arq Neuropsiquiatr 2016;74(6):495-500 doi: 10.1590/0004-282X20160054
A neurocisticercose (NCC) é um importante problema endêmico de saúde pública em algumas áreas do mundo, sendo epilepsia sua
manifestação clínica mais comum. Múltiplas lesões intracranianas, geralmente com calcificações visualizadas em tomografia computorizada
de crânio, são interpretadas como um dos critérios diagnósticos na fase crônica da doença. A ressonância magnética é o melhor teste de
imagem para identificar a doença em diferentes estágios de sua forma cística mas apresenta limitações para demonstrar lesões calcificadas.
Malformações cavernosas cerebrais, ou cavernomas, são malformações vasculares comuns ao sistema nervoso e epilepsia é também a sua forma mais frequente de apresentação. Na sua forma familiar cavernomas apresentam-se tipicamente com múltiplas lesões encefálicas e, frequentemente, com focos de calcificações na TC. Em alguns países, e determinadas regiões geográficas, onde neurocisticercose é endêmica, a neuroimagem mais usada para diagnóstico é a TC de crânio.
Nesse contexto torna-se importante estabelecer bases para o diagnóstico
diferencial entre as duas doenças, devido às diferentes formas de acompanhamento e tratamento adequado.