Barker FG, Amin-Hanjani S, Butler WE, Sepideh AH et al.
Neurosurgery 2001;49:15-25.
Esse artigo tornou-se um clássico da literatura em cavernomas, ao detectar, pela primeira vez, que cavernomas apresentam tendência a concentrar episódios de hemorragia de forma temporal, com taxa de ressangramento alta inicialmente e reduzida com o passar do tempo, geralmente, 2 a 3 anos após episódio inicial. Esse comportamento biológico dos cavernomas leva à dificuldade em avaliar com eficácia de propostas de tratamento não-cirúrgicas (medicamentosa, radiocirurgia), pois podem confundir-se com a história natural da doença.
Outcome after surgical or conservative management of cerebral cavernous malformations.
Moultrie F, Home, MA, Josephson CB, Hall JM, Counsell CE, Bhattacharya V, SEllar RJ, Warlow CP, Al-Shahi R and Scotish Audit of Intracranial Vascular malformations
Neurology 2014;83:582-589.
Artigo recente, de Setembro de 2014, compara grupos de pacientes tratados com cirurgia ou radiocirurgia versus pacientes tratados de forma conservadora, através de uma coorte do Scotish Intracranial Vascular Malformation Study, no periodo de 1999-2010. Os méritos do artigo foram o desenho prospectivo, a análise bem planejada assim como manutenção de quase 100% de follow-up dos 139 pacientes alocados e divididos em dois grupos. Os resultados indicaram que existem evidências, ainda que iniciais e fracas (Classe III) devido ao tipo de estudo observacional feito, de que a cirurgia pode ser deletéria em comparação com tratamento conservador, ao menos na população estudada e com o tempo de acompanhamento realizado. Novos estudos certamente deverão buscar responder essa questão, possivelmente com desenho randomizado e com acompanhamento por tempo adequado dos pacientes.