Biomarcação de Hemorragia em Cavernoma Cerebral
Em Agosto de 2020, grupos internacionais de pesquisas em Cavernomas Cerebrais reuniram-se em vídeo-conferência para formar o Estudo Internacional de Biomarcação de Hemorragia em Cavernomas Cerebrais.
O objetivo principal do Estudo é estabelecer um teste laboratorial que poderá determinar se o paciente com cavernoma cerebral terá maior chance apresentar, ou não, uma hemorragia no futuro.
Pelo lado brasileiro o Projeto contará com pesquisadores experientes em tratamento e acompanhamento de pacientes com a doença cavernoma cerebral, que atuam em centros médicos de ponta em doenças vasculares cerebrais.
No encontro os coordenadores brasileiros discutiram o projeto com o coordenador dos centros americanos, o prof. Issam Awad da Universidade de Chicago, e estabeleceram premissas comuns do estudo que deverá levar até 4 anos para ser concluido.
O apoio do Instituto D’Or, sob a coordenação de pesquisa clínica cerebral do Dr. Gabriel de Freitas, foi determinante para realização do projeto no Brasil e seu Comitê de Ética em Pesquisas está analisando o Estudo.
Os centros de pesquisas do projeto e seus respectivos coordenadores são:
- Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ, coordenador Dr. Jorge Marcondes
- Hospitais Quinta D’Or e Copa D’Or, coordenador - Dr. Gabriel de Freitas
- Hospital dos Servidores de São Paulo, coordenador Dr. Felix Pahl
- Santa Casa de Belo Horizonte, coordenador Dr. Marcos Dellaretti,
- Santa Casa de São Paulo, coordenador Dr. José Carlos Veiga e,
- Hospital de Clinicas da UERJ, coordenador Dr. Alexandre Cunha.
Os exames sofisticados de análise sanguínea, procurando por moléculas especificas que poderão prever se um paciente terá maior probabilidade, ou não , de vir a ter um sangramento em cavernoma cerebral, serão feitos no LabNet, Laboratório Translacional em Neurociências da UNIRIO, coordenado pela Dra. Soniza Alves Leon com a supervisão da pesquisadora Dra. Fabricia Fontes-Dantas.
O LabNet fará os mesmos testes que pesquisadores da Universidade de Chicago, da Mayo Clinic e da Universidade da California São Francisco realizarão e, ao final, poderemos ter um biomarcador sanguíneo que poderá ser usado em qualquer parte do mundo.
A participação de pacientes brasileiros será muito importante para dar validade para populações fora dos EUA devido à grande miscigenação de nossa população.
O estudo deverá durar até 4 anos para alcançar resultado indiscutível mas poderá terminar antes se os resultados iniciais forem promissores e suficientes para responder à essa questão fundamental para os que têm cavernoma cerebral.
O apoio da FEBRARARAS, do Instituto D’Or e de parlamentares envolvidos na Frente Parlamentar de Doenças Raras tem sido fundamental para a participação brasileira em um estudo internacional em uma doença rara com algumas das melhores universidades do mundo.
Comitê Gestor do Estudo – Brasil
Dr. Jorge Marcondes de Souza, Neurocirurgia – Coordenador Hospital Universitário-UFRJ
Dr. Gabriel de Freitas – Coordenador de Neurologia, Instituto D’Or de Pesquisas
Dr. Alexandre Cunha Martins - Coordenador Neurovascular do Serviço de Neurocirurgia UERJ
Dr. Gustavo Galvão – Serviço de Neurocirurgia UFRJ